Assistência a mães atípicas é tema de escuta na Secretaria Estadual das Mulheres
Centros e Núcleos Margaridas devem servir de base de apoio para as necessidades deste grupo, a partir de 2025.
Na última sexta-feira (1º), o auditório da Secretaria Estadual das Mulheres (SESM) recebeu um encontro das mães atípicas do norte do Estado e da Grande Vitória. Elas foram ouvidas para que suas demandas sejam incluídas no Grupo de Trabalho de Mães Atípicas, criado pela Portaria nº 037/2024.
A reunião foi proposta pelo Centro Margaridas de São Mateus, que tem feito um trabalho assistencial inicial em toda a região do extremo norte do Estado. Os Centros e Núcleos Margaridas são unidades de apoio a mulheres em situação de vulnerabilidade, gerenciados pela SESM, e a proposta é que a assistência a esse público seja ampliada em 2025.
As mães foram recebidas pela subsecretária de Estado de Políticas para as Mulheres, Sônia Damasceno, e pelas gerentes da Secretaria. Esse encontro teve como objetivo proporcionar uma escuta ativa e aberta, possibilitando que as mães compartilhassem suas experiências e demandas, que serão levadas para o GT.
“Tenho batalhado por esta pauta desde que cheguei na Secretaria das Mulheres, porque como mãe atípica sei das grandes necessidades que esse público tem e a secretária Jacqueline (Moraes) abraçou comigo essa causa. Agora estamos discutindo a possibilidade de incluir as mães atípicas na assistência psicológica e jurídica dos Centros e Núcleos Margaridas, a partir de 2025. Queremos que elas sintam que não estão sozinhas e que podem contar com uma rede que as apoie integralmente”, contou Sônia Damasceno.
Participaram também da escuta as Secretarias de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades) e de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb).
“As mães atípicas hoje estão reunidas para falar sobre seus anseios, dificuldades e as labutas do dia a dia. O Centro das Margaridas de São Mateus nos fez este convite e está nos proporcionando esta vontade de querer algo melhor para o nosso município, para os nossos filhos e para as nossas famílias”, explicou Renata Gomes Oliveira, de Pedro Canário.
O GT de Mães Atípicas surgiu como resposta à crescente necessidade de políticas públicas voltadas para esse público específico, com foco no acolhimento e no suporte às mães que enfrentam os desafios adicionais de criar filhos com deficiência ou necessidades especiais.
“Achei muito interessante, gostei muito de ter sido convidada e quero que isso se repita cada vez mais, porque a gente precisa se sentir acolhida; famílias precisam se sentir acolhidas e os nossos filhos precisam de nós para cuidarmos deles. Então, muito obrigada e espero estar mais vezes aqui”, salientou Fabrícia Aurélio Nascimento, de São Mateus.
Esse tipo de escuta ativa representa um passo importante na construção de políticas públicas que realmente respondam às necessidades das mães atípicas, criando um canal direto de diálogo entre elas e a gestão pública.
“Estou lisonjeada por ter sido convidada. Nós, mães, muitas vezes somos negligenciadas e é muito importante esta iniciativa para podermos nos fortalecer, porque como que vamos cuidar de nossos filhos, e quem cuida de nós?”, destacou Néfia Alice, de Boa Esperança.
Waleska Timóteo, como faz parte de um grupo da Grande Vitória, já vinha participando das escutas do GT e ressaltou a importância de as mães do interior também serem ouvidas.
“Estamos aqui discutindo políticas públicas, fazendo um processo de escuta das mães atípicas de todo Estado para que seja uma construção de forma efetiva, a partir das mães para filhos, porque somos mulheres que sofremos historicamente o silenciamento das nossas demandas na sociedade. Temos muita esperança de estar crescendo, ocupando este espaço de forma qualificada”, completou Waleska Timóteo.
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