Violência contra mulheres com deficiência é tema de Painel Virtual dos 16 Dias de Ativismo
A Secretaria de Direitos Humanos (SEDH), por meio da Subsecretaria de Políticas para as Mulheres (SUBPM), promoveu, na manhã dessa terça-feira (08), o Painel Virtual Violência contra as mulheres com deficiência. O evento faz parte da programação dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
A convidada para falar sobre o tema foi a professora de Língua Portuguesa, psicanalista clínica e técnica pedagógica da Assessoria de Educação Especial da Secretaria de Educação (Sedu), Fernanda Rodrigues Simões.
Ela é portadora de artrite reumatoide juvenil e, devido a um erro de diagnóstico, passou por cirurgias desnecessárias.
Dos 5 aos 7 anos, Fernanda Simões passou a fase mais difícil da doença, que foi a busca por um diagnóstico, cirurgias e recuperações. Aos 7 anos, se encontrava em uma cadeira de rodas. Com o passar do tempo, optou por usar muletas, que ainda usa para caminhar. Mas, o que seria adversidade não alterou seu bom humor e sua tenacidade. Em sua fala, a palestrante abordou as dificuldades da invisibilidade da mulher com deficiência.
“Toda a história nos mostrou que a pessoa com deficiência sempre foi invisibilizada e luta até hoje para ter o seu lugar de fala concretizado. Enquanto mulher, isso se estreita ainda mais. Nós, mulheres com deficiência, vivemos realidades paralelas. A primeira é a realidade da invisibilidade. Quando nós falamos sobre a violência contra mulheres com deficiência, é muito difícil encontrar estatísticas. É desafiador encontrar casos específicos. São sempre informações informais, pois as pessoas preferem ficar em silêncio. Muitas vezes, a mulher com deficiência vivencia situações de invisibilidade e de vulnerabilidade”, destacou Fernanda Rodrigues Simões.
Além da palestrante, o painel virtual contou com a participação da subsecretária de Estado de Políticas para as Mulheres, Juliane Barroso, que fez a abertura; e da gerente de Políticas para as Mulheres, Bernadete Baltazar, que foi a mediadora.
"A lógica excludente da sociedade nos leva ao capacitismo, discriminando as pessoas com deficiência, com manifestações preconceituosas, pejorativas, vitimizando-as, reafirmando a ideia de que são incapacitadas. E as mulheres com deficiência são duplamente violentadas, por serem mulheres e pela sua deficiência, além de estarem invisibilizadas", aponta Bernadete Baltazar.
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