‘Fazendo Valer a Equidade’: Secretaria Estadual das Mulheres promove evento voltado às mulheres ciganas
Nesta quarta-feira (29), a Secretaria Estadual das Mulheres (SESM) promoveu a segunda edição do “Fazendo Valer a Equidade”, uma iniciativa que visa a promover a igualdade e a equidade de gênero, com foco em populações historicamente marginalizadas, como comunidades negras, indígenas, quilombolas e outros grupos. O evento contou com a Caravana Margaridas e foi destinado às mulheres ciganas do Espírito Santo, em São Mateus.
No evento, foram ofertados serviços dos Centros e Núcleos Margaridas, da Prefeitura de São Mateus e do Serviço Social de Comércio (SESC). Além disso, os produtos expostos são todos feitos pelas ciganas, como forma de fomentar a economia do local e apoiar os empreendimentos realizados por essas mulheres.
“Entendemos ser de suma importância a realização da ação, pois, por meio dela, damos visibilidade e potencializamos a cultura, os costumes, fazeres e saberes, e os empreendimentos realizados por essas mulheres. A Secretaria, via Gerência de Promoção de Igualdade de gênero, e a Subgerência de Gênero, Equidade e Raça, norteadas por uma das nossas áreas orientativas, a intersetorialidade, entende e trabalha para que todas as mulheres sejam valorizadas e visibilizadas dentro das suas tradições, como forma de perpetuação da vivência e da existência destas mulheres e das próximas gerações que a elas sucederem”, destacou Cristiane Martins, gerente de promoção de igualdade de gênero.
As mulheres ciganas, ao longo da história, desempenharam papéis essenciais dentro de suas comunidades, demonstrando resiliência, força e habilidades multifacetadas. Elas são guardiãs das tradições e transmissoras da cultura cigana de geração em geração. Com uma forte ligação comunitária, as mulheres ciganas desempenham um papel central na preservação dos valores familiares e na transmissão de conhecimento cultural. Apesar dos desafios enfrentados, elas mostram uma notável capacidade de adaptação, mantendo viva a identidade cigana em meio às mudanças sociais e culturais.
A subgerente de Gênero, Equidade e Raça, Yara Marino, afirmou que as mulheres ciganas são marginalizadas e discriminadas pela sociedade que não conhece suas tradições. “Esse evento deu a oportunidade de o povo não cigano conhecer as tradições e adentrar em uma festa da cultura cigana. Essas mulheres tiveram a oportunidade de levantar ainda mais a autoestima, tendo um tratamento exclusivo tal como uma mulher comum também teria em meio ao território não tradicional do seu povo”, acrescentou.
“A caravana foi essencial para nós, pois ela desenvolveu autonomia para as ciganas. Na nossa cultura as mulheres ciganas são mais destinadas aos afazeres da casa, e o “Fazendo Valer a Equidade” veio mostrando que elas podem mais, podem ir mais além. Foi um divisor de água para nós, um dia especial”, relatou Nilcelia Jesus Santos, diretora da Associação Municipal de Etnias Ciganas de São Mateus (AMEC).
Simultaneamente ao evento, acontece a segunda edição do Encontro Cultural da Comunidade Cigana, que terá a entrega da comenda Jandelson Silva Ramos – “O Paulo Cigano”.
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