SEDH realiza atividade cultural no Centro Prisional Feminino de Colatina em alusão ao Dia da Mulher Negra
A Secretaria de Direitos Humanos (SEDH), por meio da Gerência de Promoção da Igualdade Racial (Gepir) e da Subsecretaria de Políticas para as Mulheres, realizou, nessa terça-feira (27), uma atividade cultural no Centro Prisional Feminino de Colatina, em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, Dia Nacional de Tereza de Benguela e Dia Estadual da Mulher Negra.
Como parte da programação do Julho das Pretas, a atividade contou com apresentações musicais, teatro, exposição de artes confeccionadas pelas internas e declamação de poesias.
Durante o evento, também houve uma roda de conversa realizada em parceria com a Subsecretaria de Políticas para as Mulheres, com o apoio do Fórum Intergovernamental de Gestores de Promoção da Igualdade Racial, representado pela presidenta do Conselho Municipal de Promoção de Igualdade Racial de Vila Velha, Meryciane Silva de Oliveira, e representações de mulheres negras da sociedade civil organizada.
“Foi um momento de muita interatividade, pois as internas também preparam atividades para compartilhar conosco. Sabemos que a maioria das mulheres em situação de cárcere são negras e afrodescendentes, e sabemos também que o racismo potencializa as condições que levam essas mulheres a estarem nesses espaços devido à vulnerabilidade social que causa e, por consequência, muitas vezes, leva à criminalidade. Tivemos, com essa atividade, a oportunidade de levar esperança de dias melhores para essas mulheres, numa perspectiva de resistência, através da música e da poesia”, explicou a gerente de Promoção da Igualdade Racial, Edineia de Oliveira.
A subsecretária de Políticas para as Mulheres, Juliane Barroso, também participou da atividade. “Os atos culturais que presenciamos, como poemas e músicas, podem significar algo muito maior, como símbolos de manifestação e resistência. É importante valorizar as mulheres em suas diversas personalidades, e enquanto Governo é nosso dever conhecer essas realidades e para oferecermos políticas de qualidade”, declarou.
Para a diretora da unidade, Maria Aparecida de Freitas de Albuquerque, realizar este tipo de ação dentro da unidade prisional é uma oportunidade para dar visibilidade a práticas culturais que expressem a luta das mulheres contra opressões raciais e de gênero.
“Por meio das oficinas realizadas pelas custodiadas resgatamos e tratamos sobre respeito, ancestralidade, história, igualdade, sororidade, valores, autoestima, autoaceitação e empoderamento feminino. Através da arte promovemos o diálogo e pensamento sobre a inserção igualitária de mulheres, com especial atenção aos recortes de classe social, etnias e raciais. O entusiasmo e a participação das internas em cada oficina, seja na confecção de bonecas africanas, dos turbantes, na roda de capoeira ou ainda nas apresentações culturais demonstram a importância de fomentar essa temática.”
Em razão das celebrações do Julho das Pretas, a SEDH preparou uma programação especial em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, Dia Nacional de Tereza de Benguela e Dia Estadual da Mulher Negra, que teve início no último dia 17 de julho e segue até o dia 31 de julho.
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